Entre as muitas experiencias estéticas de Emílio Figueira, uma das mais marcantes foi em 2013, participar como ator da Companhia Teatral Olhos de Dentro, um curso de teatro voltado às pessoas com e sem deficiências, do espetáculo “Cidade Cheia de Graça” que teve uma linda repercussão nos meios artísticos e com plateias lotadas em cinco apresentações. Dirigido pela atriz, diretora e psicopedagoga Nina Mancin, o projeto conta com a ajuda do preparador corporal e ator Geraldo Pereira.
Em um trecho de seu livro de memória O CASO DO TIPÓGRAFO, Emílio Figueira relata:
“Quando eu era aluno de psicologia em Bauru e vinha aos feriados e férias para casa de minha mãe em São Paulo, certa vez sentado no primeiro banco do ônibus, ouvi uma frase que veio do rádio do motorista: “O impossível é apenas uma coisa possível que ainda não tentamos realizar!”
Tempos depois, já morando aqui na capital, por algumas vezes fui com minhas irmãs assistir peça no palco principal do Teatro Ruth Escobar. E em uma dessas vezes, no meio de uma comédia, veio-me um desses pensamentos que a gente nunca sabe da onde vem e o porquê: “Eu nunca vou ser capaz de como esse ator pisar nesse palco...” De fato, estava decidido a entrar no Macunaíma. Só que a vida nos
“A nossa peça “Cidade Cheia De Graça” foi um marco. Durante as quatro manhãs de domingo as plateias ficaram lotadas de pessoas rindo, cantando, emocionando-se com o espetáculo. Chegaram a formar filas até na calçada do teatro. E no último dia tivemos que fazer duas apresentações em seguidas, pois lotou a plateia e outra ficou para fora esperando.
“Foi na Cia Teatral Olhos de Dentro que realmente entendi o sentido deste pensamento: “O impossível é apenas uma coisa possível que ainda não tentamos realizar”! Hoje até posso dizer que já pisei e atuei no palco principal do Teatro Ruth Escobar... “