Em um trecho de seu livro de memórias O CASO DO TOPÓGRAFO, Emílio Figueira narra:
“Não me lembro exatamente como surgiu a ideia, mas na edição de 12 de março eu lancei um projeto chamado “Cultura para Guaraçaí”. Ele propunha um “Fim de Semana Cultural” com teatro, dança, poesia e redação, artes plásticas e música. A repercussão foi imediata de todas as partes da comunidade, principalmente dos artistas e dos Poderes Públicos. E mais uma vez envolvi os meus principais amigos na realização de um de meus ideais, Maurício Rogério, Helton, Silvio Jácomo, meu tio Edson, dentre outros colaboradores. Saímos por todo o comércio conseguindo patrocinadores para troféus, medalhas, cartazes e impressos em geral.
“A gráfica da “Folha de Guaraçaí”, na pessoa do José Hamilton, apoiou-nos muito na confecção de materiais, credenciais e certificados, além de publicar inúmeras matérias divulgando, como os demais jornais e rádios da região. O Dadá nos cedeu as dependências do Guaraçaí Clube para a realização do evento. Todos os envolvidos receberam uma credencial assinada por mim. Foi elaborado um Regulamento geral e fichas para inscrições em todas as modalidades em vários postos espalhados no município.
“Essa ideia tomou uma dimensão muito maior do que eu imaginava. Nas noites dos dias 14 a 17 de julho o Clube estava lotado. Houve discursos das autoridades na abertura. Fora o pessoal da cidade, muitos artistas e público dos municípios circunvizinhos. Academias de dança se apresentavam, conjuntos musicais, duplas sertanejas, jovens cantores, poetas e escritores recitavam suas obras. Houve distribuição de medalhas e troféus pelo corpo de jurado.
“Todos os participantes receberam Certificados assinados por mim, que tinham o seguinte pensamento: “A Cultura é importante para o desenvolvimento dos municípios, dos estados e do país. Vamos juntos, fazer acontecer em nosso município. Pois a cultura guaraçaienses precisa ser descoberta e divulgada!”.
“Esse “Fim de Semana Cultural” teve uma contabilidade oficial com uma conta bancária exclusiva e todas as despesas registradas em notas fiscais. Pensando também no lado social, foi cobrada uma pequena entrada e a renda doamos a Lar dos Idosos.”