Pioneiro da Inclusão e Educação inclusiva, o escritor revela impacto de vários recursos em sua vida e carreira, mostrando a tecnologia assistiva e a comunicação alternativa como ferramentas na promoção da inclusão e o potencial transformador da inteligência artificial na vida das pessoas com deficiência
Em nova palestra intitulada “Como A Tecnologia Me Colocou (E Me Mantém) No Mundo” disponível gratuitamente no YouTube, comunicando-se de forma intencional por meio da inteligência artificial, o escritor Emílio Figueira, relata o papel crucial de recursos que são e serão cada vez mais fundamentais para a Educação Inclusiva e a inclusão, não só para pessoas com deficiência, mas para pessoas com dificuldade de comunicação em geral.
“Mesmo tendo uma deficiência com muita dificuldade de coordenação motora, chamada erroneamente de paralisia cerebral e afasia de linguagem acentuada, vivendo mais isolado em meu quarto, pude usar da tecnologia assistiva e da comunicação alternativa para estudar, produzir, lutar por ideais, desenvolver-me profissionalmente em áreas diferentes, praticar linguagens artísticas, enfim”, diz o escritor.
Em seu depoimento, Figueira relata como usou tecnologias desde a máquina de escrever, o computador, a internet e tantos outros recursos de tecnologia assistiva para estudar, desenvolver suas carreiras jornalística, literária, como psicólogo, psicanalista e teólogo.
Indo mais além, Emílio, destacando o agravamento atual de sua deficiência devido à mais de cinco décadas de esforços e movimentos involuntários, destaca como tem estudado a inteligência artificial e a usado de forma artística e com bom humor e, principalmente, como sua nova forma de comunicação alternativa como faz na própria palestra.
“Além disso, tenho pesquisado muito sobre a colaboração da inteligência artificial à reabilitação de pessoas com deficiência, de baixa mobilidade e na Educação Inclusiva. E já tenho até publicados alguns artigos sobre o assunto”, diz Emílio Figueira.
Com quatro décadas dedicadas à inclusão brasileira de pessoas com deficiência e à Educação Inclusiva, Figueira foi cientista da Universidade de São Paulo-USP, com mais de cem artigos científicos editados em oito países e atualmente com 116 livros publicados em temas variados, além de inúmeros encontros e cursos ministrados pelo país.