Hoje na Educação Inclusiva fala-se muito do Transtorno Desintegrativo da Infância que envolvem também o Transtorno Autista, o Transtorno de Rett e o Transtorno de Asperger.
Sua característica essencial é uma regressão pronunciada em múltiplas áreas do funcionamento, após um período de pelo menos 2 anos de desenvolvimento aparentemente normal. O desenvolvimento aparentemente normal é refletido por comunicação verbal e não-verbal, relacionamentos sociais, jogos e comportamento adaptativo apropriados à idade. Após os primeiros 2 anos de vida (mas antes dos 10 anos), a criança sofre uma perda clinicamente significativa de habilidades já adquiridas em pelo menos duas das seguintes áreas: linguagem expressiva ou receptiva, habilidades sociais ou comportamento adaptativo, controle intestinal ou vesical, jogos ou habilidades motoras.
Os alunos com este transtorno exibem os déficits sociais e comunicativos e aspectos comportamentais geralmente observados no Transtorno Autista. Existe um prejuízo qualitativo na interação social e na comunicação e padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades.
Os dados epidemiológicos são limitados, mas o Transtorno Desintegrativo da Infância parece ser muito raro e muito menos comum que o Transtorno Autista. Embora estudos iniciais sugerissem uma distribuição igual entre os sexos, os dados mais recentes sugerem que a condição é mais comum no sexo masculino. Por definição, o Transtorno Desintegrativo da Infância apenas pode ser diagnosticado se os sintomas forem precedidos por pelo menos 2 anos de desenvolvimento normal e o início ocorrer antes dos 10 anos.
Quando o período de desenvolvimento normal foi bastante prolongado (5 anos ou mais), é particularmente importante realizar um exame físico e neurológico minucioso, para avaliar a presença de uma condição médica geral. Na maioria dos casos, o início dá-se entre os 3 e os 4 anos, podendo ser insidioso ou abrupto.
Os sinais premonitórios podem incluir aumento nos níveis de atividade, irritabilidade e ansiedade, seguidos por uma perda da fala e outras habilidades. Geralmente, a perda de habilidades alcança um platô, após o qual pode ocorrer alguma melhora limitada, embora apenas raramente esta seja pronunciada. Em outros casos, especialmente quando o transtorno está associado com uma condição neurológica progressiva, a perda de habilidades é progressiva. O transtorno segue um curso contínuo e, na maioria dos casos, vitalício. As dificuldades sociais, comunicativas e comportamentais permanecem relativamente constantes durante toda a vida.
Síndrome de Heller
Esse Transtorno Desintegrativo da Infância também é conhecido como Síndrome de Heller e é um tipo de Transtorno Global do Desenvolvimento. Segundo o DSM-IV, o diagnóstico da infância ou adolescência segue alguns critérios: Primeiramente, o transtorno manifesta-se por meio de uma regressão pronunciada em múltiplas áreas do funcionamento, o que ocorre após os dois primeiros anos de vida. Até esse período, a criança apresenta um desenvolvimento normal da comunicação verbal e não-verbal, assim como dos relacionamentos sociais, jogos e comportamentos adaptativos, os quais são considerados, segundo a lógica do DSM, apropriados à idade. Entretanto, antes dos 10 anos, a criança com TDI perderá habilidades já adquiridas em pelo menos duas das seguintes áreas:
linguagem expressiva ou receptiva
habilidades sociais ou comportamento adaptativo
controle esfíncteriano
jogos
habilidades motoras
Outro critério utilizado como diagnóstico consiste em ter funcionamento “anormal” em pelo menos duas das seguintes áreas:
comprometimento qualitativo da interação social
comprometimento qualitativo da comunicação
padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades, incluindo estereotipias motoras e maneirismos.