Estas são orientações para professores e/ou orientadores pedagógicos. Começando por evitar atitudes que agravam os problemas emocionais desses alunos:
forçar a criança a ficar no espaço sem dialogar:
ridicularizar seus sentimentos;
usar chantagens e subornos;
ignorar o medo para ver se a criança esquece.
Na escola, mesmo com tempos diferentes de aprendizagem, esses alunos devem ser incluídos em classes com os pares da mesma faixa etária. Estabelecer rotinas em grupo e ajudar o aluno a incorporar regras de convívio social são atitudes de extrema importância para garantir o desenvolvimento na escola. Boa parte dessas crianças precisa de ajuda na aprendizagem da autorregulação e estas são sugestões pedagógicas e serem trabalhadas na sala de aula:
Fazer da organização da sala uma rotina diária, com recursos visuais e auditivos;
Dividir as atividades em atividades menores;
Iniciar as aulas pelas atividades que requerem atenção, deixando para o final aquelas que são mais agradáveis e estimulantes;
Utilizar música ao fundo, proporcionando um clima agradável, harmonioso e tranquilo;
Adotar uma atitude positiva, com elogios e “recompensas” por comportamentos adequados. Isto criará um equilíbrio em relação às chamadas de atenção para os alunos quando eles fazem algo errado.
Apresentar as atividades do currículo visualmente é outra ação que ajuda no processo de aprendizagem desses alunos. Fazer ajustes nas atividades sempre que necessário e conte com a ajuda do profissional responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE). Também cabe ao professor identificar as potências dos alunos. Invista em ações positivas, estimule a autonomia e faça o possível para conquistar a confiança da criança. Os alunos com TGD costumam procurar pessoas que sirvam como ‘porto seguro’ e encontrar essas pessoas na escola é fundamental para o desenvolvimento.
Muitos professores se sentem desamparados quando recebem alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento. Acreditamos que um dos motivos para o surgimento dessa sensação seja certo desconhecimento sobre o assunto. A inserção na escola de alunos com TGD deve ser respeitando-se as limitações deles, para que seja benéfica tanto para estudantes que tenha deficiência, quanto para àqueles que não tenha. Essa inclusão pode acontecer respeitando os seguintes aspectos:
Sendo de maneira grupal, respeitando o tempo de adaptação do aluno;
Com a companhia de um acompanhante terapêutico, que deve estar junto do aluno em tarefas durante a permanência na escola, caso seja necessário.
Tendo a participação de escolarização de qualquer aluno, a parceria entre família e a escola é primordial, e nos casos das crianças com TGD ela é indispensável.
Nas intervenções pedagógicas de alunos com TGD os professores precisam focar em três áreas: sociabilização, comunicação e cognição. Isto equivale a dizer que o professor deve estimular o aluno para que:
SOCIABILIZAÇÃO
Mantenha contato visual
Manifeste interesse por objetos, pessoas o pelo ambiente
Identifique-se dentro de um grupo
Aceite contato físico com os colegas
Procure contato afetivo
Imite ações
Expresse sentimentos
Compartilhe objetos
Coopere com os outros
Compreenda e obedeça as regras sociais
Realize atividades com independência e participe de atividades cooperativas em grupo
COMUNICAÇÃO
Reconheça o seu ambiente
Responda e imite gestos
Atenda a comando simples
Compreenda o sentido do “sim” e do “não”
Reconheça partes do corpo em si e nos outros
Reconheça e aponte abjetos e figuras
Repita e emita sons onomatopaicos
Emita palavras isoladas, designando suas necessidades
Use palavras significativas
Diga seu próprio nome e de pessoas conhecidas
Empregue artigos, pronomes e conjunções adequadamente
Nomeie seus próprios desenhos, bem como cores, formas e tamanhos
Participe de rodas de conversas.
COGNIÇÃO
Mantenha contato visual
Procure por objetos que estejam fora de sua linha de visão
Explore e toque objetos
Interprete estímulos visuais com: intensidade de luz, cor, forma, tamanhos, espessura e altura
Saiba discriminar semelhança e diferenças
Discrimine, perceba e localize fontes sonoras
Reconheça e reproduza canções
Rabisque ou desenhe
Realize atividades de encaixar peças
Folheie livros e revistas
Monte quebra-cabeças
Faça dobraduras simples e se tiver condições, complexas também
Monte e desmonte brinquedos
Realize modelagem com argila, massa de modelar
Perceba as partes e todo em objetos, gravuras e desenhos
Realize rasgaduras e recortes de papéis
Escreva seu nome e dependendo do estágio de outras pessoas, bem como frases e texto.