Quantas são as pessoas com deficiências



Publicado em 03/08/2002



Falar de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência já não é mais falar de um universo tão pequeno assim, ou como muitos pensam, insignificante. Os números provam isto. Segundo os dados do Censo Demográfico do IBGE, divulgado no último dia 8 de maio, 24,5 milhões de brasileiros portam deficiências, o que representa 14,5% da nossa população. Nos resultados preliminares da Amostra Populacional, as deficiências estão estaticamente divididas da seguinte forma:



Deficiência visual 48,1%

Deficiência motora 22,9%

Deficiência física 4,1%

Deficiência mental permanente 8,3%

Deficiência auditiva 16,7%

Detalhando um pouco mais alguns desses dados, 16,5 milhões de pessoas são deficientes visuais, sendo 159,824 totalmente incapazes de enxergar. São 5,7 milhões de brasileiros com deficiência auditiva, dos quais 176,067 portam surdez total.






A pesquisa considerou como deficiência física a falta de um membro (perna ou braço) ou a falta do mesmo. Enquanto a deficiência motora foi focalizada como pessoas que têm algumas ou grandes dificuldades permanentes de caminhar, subir escadas, pronuncias ou nas a realização de tarefas na vida diária.



Interessante também que desta vez o IBGE – Instituto de Geografia e Estatística -, radiografou pela primeira vez o índice de casos de deficiência por Estado, ficando assim:



Acima de 16% – Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco

De 15 a 15,9% – Rondônia, Tocantins, Bahia, Alagoas, Espírito Santo e Rio Grande do Norte

De 14 a 14,9% – Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Minas Gerais e Rio da Janeiro

De 13 a 1 3,9% – Acre, Goiânia, Paraná e Santa Catarina

Até 12% – Roraima, Amapá e São Paulo

Essa quantidade de pessoas com deficiência passou a ter um peso significativo na sociedade. Pessoas que nas últimas décadas, não contentes com o isolamento social, resolveram pôr a cara na rua, visando conquistar o seu lugar no seio social. Presentes hoje em todos os segmentos, deixaram de ser os “coitadinhos” para ser um público consumidor, produtivo e, sabedor de onde realmente quer chegar, exigente de bons serviços.



Consequência disso, é que cada vez mais o contexto social está se vendo obrigado a promover e se adaptar à política da inclusão social para recebê-las. Por lei, o mercado de trabalho está tendo que reservar vagas em seus quadros de funcionários; as escolas e universidades públicas estão tendo que se reestruturar para que alunos com e sem deficiências dividam as mesmas classes de aula; deficientes estão cada vez mais presentes nos lugares de lazer consumindo cultura e outros produtos: em espaços urbanos as barreiras arquitetônicas estão começando a serem eliminadas com a construção de rampas, telefones públicos, degraus e guias rebaixadas, construções de elevadores e muito mais; os empresários, atentos as novas tendências, estão criando serviços especializados à essas pessoas; até mesmo os órgãos de comunicação estão abrindo cada vez mais espaço para essa temática. Mas esses são todos assuntos que estaremos abordando nos próximos artigos.

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