Neste capítulo vou lhe apresentar de forma geral e sucinta a Pedagogia Diferenciada. Dentro desse universo você poderá encontrar vários pontos, escolhendo um para desenvolver em sua monografia.
Em Educação Inclusiva, o professor, como mediador desse processo inclusivo, precisa conhecer de perto seus alunos, familiarizando-se com as estratégias cognitivas aplicadas por eles na resolução de situações-problema. Dessa forma, poderá ajudá-los, por meio de constantes questionamentos, a elaborar hipóteses que os aproximem cada vez mais da formalização das noções e conceitos trabalhados.
No fazer pedagógico precisa contar com a exploração de temas transversais e a integração entre as diversas disciplinas: ao exercício da cidadania, à aceitação das diferenças e ao desenvolvimento do sentimento de pertinência à nação brasileira.
Por conseguinte, os alunos poderão atuar de forma mais consciente e responsável, reconhecendo-se capazes de agir para transformar.
É a camada Pedagogia Diferenciada ou da Diversidade, pautada na reflexão da prática educativa com um “novo olhar”, sensível às diferenças, atento à dinâmica e às demandas de cada classe como um todo e aos limites e possibilidades de cada aluno, único, singular, porém ao mesmo tempo igual, semelhante em direitos, deveres, necessidades e em valor.
O desafio da inclusão exige uma mudança global na organização e funcionamento da escola, que necessita adaptar o seu projeto político-pedagógico, revendo paradigmas psicológicos, didáticos, socioculturais e administrativos, para assegurar a todos os seus alunos as melhores condições de desenvolvimento e aprendizagem, visando:
- Favorecer o desenvolvimento do aluno nas áreas socioafetiva, psicomotora e cognitiva, incentivando a construção de sua autoconfiança, criticidade, responsabilidade e autonomia;
- Promover a formação do cidadão, oferecendo-lhe modelos positivos para a estruturação de valores morais e éticos, essenciais à vida em sociedade;
- Promover o desenvolvimento da confiança do aluno em suas potencialidades e a consciência das suas limitações e das do outro, reconhecendo, na diversidade, uma oportunidade para ampliação dos seus conhecimentos e enriquecimento das relações interpessoais;
- Estimular o potencial criativo do aluno, para que desenvolva e aprimore suas formas de expressão nas diferentes linguagens (corporal, plástica, cênica, musical, oral, escrita e lógico-matemática);
- Favorecer a apropriação de conhecimentos socioculturais e científicos, para possibilitar ao aluno a ampliação da sua visão de mundo e uma atuação consciente frente à realidade;
- Formar cidadãos que conheçam e valorizem as riquezas naturais e a diversidade do patrimônio sociocultural brasileiro, fundamentais na estruturação da identidade pessoal e nacional.
AVALIAÇÕES DE ALUNOS
Em Educação inclusiva, o aluno precisa passar pela modalidade de avaliação formativa (processual), caracterizada, principalmente, por ser:
- Integral: abrangendo todas as áreas de desenvolvimento – socioafetiva, psicomotora e cognitiva.
- Interativa: comprometendo nesse processo, além do professor, demais educadores e membros da escola, os próprios alunos e seus familiares.
- Contínua: realizada em diferentes momentos e através de diversos procedimentos.
- Acumulativa: os principais conteúdos (conceitos, fatos, procedimentos, valores e atitudes) trabalhados em cada etapa serão aprofundados e reavaliados nas etapas seguintes.
- Diferenciada: definiremos metas de aprendizagem adaptadas e/ou instrumentos/intervenções diferenciados, para avaliarmos, de maneira justa, o desempenho dos alunos que, por fatores diversos, estejam com dificuldade de superar os desafios propostos ao seu grupo-classe.