Paulo Gustavo E as Vidas Breves!

Entre tantas perdas significativa de anônimos e famosos, a morte de Paulo Gustavo tem sido muito forte para nós. Ator e humorista de competência ímpar, sabia fazer todos sorrir, levando-nos a tantas pessoas caracterizadas em seus personagens. De profunda carisma, desenvolvíamos rapidamente a empatia por ele. E perdê-lo, foi como perder alguém realmente do nosso círculo de convivência.

Em minha carreira como psicólogo, cientista, educador, escritor ligado às artes, uma de minhas linhas de pesquisa é estudar biografias de pessoas que viveram ao longo dos séculos. Algo que me chama atenção, é que muitos passam por essa vida de forma muito breve. Parecem que eles nascem com missões realmente específicas. Vivem intensamente com o desejo de cumpri-las. Partem inesperadamente.

A lista dessas pessoas desconhecidas ou renomadas que passam rápido, mas deixam a marca e obras deles é extensa. Não só nas artes em geral, como na filosofia, na ciência, na Educação, nos esportes, no mundo das tecnologias, da economia, dos negócios, do pensamento crítico, crescimentos religiosos e, principalmente, na caridade e lutas por um mundo mais humano e acolhedor para todos.

E por que isso acontece? Não há resposta, o tempo de viver ou desaparecer, sempre será o maior desafio e enigma da existência humana. Como diz o grande contador de casos Rolando Boldrin, “são pessoas que partem antes do combinado”.

Antes que os críticos cibernéticos tentam desmerecer minha crônica, levantando questões sobre as escolhas e vidas privadas de muitas dessas pessoas, principalmente de nós artistas, já vou adiantar. Não me importa “o que eles fizeram no verão passado”. E sim, as obras, os pensamentos filosóficos, as evoluções científicas, as curas na medicina, as visões espirituais ou humanitárias, as alegrias e musicalidade que eles deixaram neste planeta.

E como comecei esse texto falando de Paulo Gustavo, referência como o maior humorista da atualidade, eu não poderia terminar sem fazer uma autopiada: “Que bom que, com quase quarenta anos escrevendo e publicando, minha obra ainda não foi descoberta e ganhou o mundo!”

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