Publicado em 15/08/2002
Como já dito, não basta simplesmente colocar um aluno portador de algum tipo de deficiência em uma classe normal e pronto: está feita a inclusão! É preciso que a escola inclusiva passe por adaptações de grande porte (de responsabilidade exclusivas dos órgãos federais, estaduais e municipais) e de pequeno porte, cabendo aos professores especializarem para saber como transmitir ensinamentos para esses alunos especiais. Assim, as principais características das Escolas Inclusivas precisam ser:
1 – um direcionamento para a comunidade: na escola inclusiva o processo educativo é entendido como um processo social, em que todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm direito à escolarização a mais próxima possível do normal. O alvo a ser alcançado é a integração da criança portadora de deficiência na comunidade;
2 – vanguarda: uma escola inclusiva é uma escola líder em relação às demais. Ela se apresenta como a vanguarda de processo educacional. Seu objetivo maior é fazer com que a escola atue por meio de todos seus escalões para possibilitar a integração das crianças que dela fazer parte;
3 – altos padrões: há em relação às escolas inclusivas altas expectativas do desempenho por parte de todas as crianças envolvidas. O objetivo é fazer com que as crianças atinjam seu potencial máximo. O processo deverá ser dosado de acordo com as necessidades de cada criança;
4 – colaboração e cooperação: há um privilegiamento das relações sociais entre os participantes da escola, tendo em vista a criação de uma rede de autoajuda;
5 – mudança de papéis e responsabilidades: a escola inclusiva muda os papéis tradicionais dos professores e da equipe técnica da escola. Os professores se tornam mais próximos dos alunos quando percebem suas maiores dificuldades. O suporte ao professor de classe comum é essencial para o bom andamento do processo de ensino-aprendizagem;
6 – estabelecimento de uma infra-estrutura de serviços: gradativamente a escola inclusiva irá criando uma rede de suporte para separação das suas maiores dificuldades. A escola inclusiva é uma escola integrada à sua comunidade;
7 – parceria com os pais: os pais são parceiros essenciais no processo de inclusão de criança na escola;
8 – ambientes educacionais flexíveis: os ambientes educacionais têm de visar ao processo de ensino-aprendizagem do aluno;
9 – estratégias baseadas em pesquisas: as modificações na escola deverão ser introduzidas a partir das discussões com a equipe técnica, os alunos, pais e professores;
10 – estabelecimento de novas formas de avaliação: os critérios antigos deverão ser mudados para atender às necessidades dos alunos portadores de deficiência;
11 – acesso: o acesso físico à escola deverá ser facilitado aos indivíduos portadores de deficiência;
12 – continuidade no desenvolvimento profissional da equipe técnica: os participantes da escola inclusiva deverão procurar dar continuidade aos seus estudos, aprofundando-os.
Fonte: “O que é educação inclusiva?”. Leny Magalhães Mrech, Revista Integração, número 20, 1998.
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