Ter Um Amigo Com Deficiência… Vamos Conversar Sobre Isso?



Sempre acreditei que uma grande forma de integração social e conhecimento da realidade, é termos e mantemos pessoas com deficiências em nossos círculos de amizade. Seria uma forma de ambos se conheceram como de fato são, quebrando assim, muitos mitos e os tradicionais preconceitos. Porém, hoje ao caminhar publicamente com uma amiga, uma moça estudada e de cabeça aberta, foi que me veio inspiração e algumas reflexões para escrever este artigo.



Viver em grupo é uma necessidade de nós, seres humanos. E nada expressa melhor isso do que a amizade. Durante todos os períodos de nossas vidas, temos amigos; infância, adolescência, idade adulta e velhice. Poderá haver uma ciranda, principalmente em cidades grandes, onde conhecemos inúmeras pessoas que entram e saem de nossas vidas de maneira mágica, se assim possa se dizer; alguns até por interesses profissionais. Embora nem sempre são os mesmos, mas sempre é importante a figura dos amigos.



Todavia, há aqueles amigos, geralmente constituídos nas duas primeiras fases de nossas vidas, que entra ano e sai ano, estão sempre presentes em todos os momentos de nossas vidas. E como é bom essa presença! Pois para uma pessoa com deficiência, esse círculo de amizade torna-se ainda mais valioso, uma ajuda inevitável…






Duas reflexões podem ser feitas neste sentido. Há aquelas pessoas que nascem ou adquirem uma deficiência no início de suas vidas e há aquelas que adquirem ao longo do percurso, principalmente por acidentes. No primeiro caso, a pessoa já cresce consciente de sua limitação, desafiando seus próprios limites; realiza tudo com naturalidade, escola, brincadeiras, crescendo entre a sua turma e participando normalmente de todas as atividades de acordo com sua condição.



Já aquele que adquiriu uma deficiência, terá que passar por um longo processo, começando pela aceitação de sua nova condição, como lidar com isso, “reaprendendo” a viver com sua nova realidade e dentro de suas possibilidades. Esse, notará naturalmente o afastamento de seus amigos comuns, não por maldade, mas por estarem dando prosseguimentos em suas vidas rotineiras. Sobrarão sim, alguns poucos e sinceros amigos, que o acompanharão em seu processo de reabilitação e, mesmo sem saberem, terão uma participação praticamente invisível, porém fundamental. Serão eles os principais responsáveis na reintegração social desse portador de deficiência, a partir do momento que passarem a aceitá-lo e incentivá-lo a participar em suas atividades, mesmo as mais simples como passeios, por exemplo.



Pode parecer fácil ser amigo(a) de uma pessoa com deficiência, mas acredito que não é tão simples assim.



Geralmente, uma pessoa que tem alguma limitação, dependendo o grau e tipo, ao sair em público, ela se torna o centro das atenções, motivo de curiosidade natural de todos. Dessa maneira, aquele que o acompanha, também será o centro de muitos olhares. Em alguns casos, a pessoa poderá precisar de auxílio para realizar algo, ao entrar em algum lugar, e certamente os amigos não medirão esforços, tendo boa vontade para tal. Importante também, respeitar as suas limitações, como por exemplo, numa caminhada, andar dentro do seu ritmo.



Para ser amigo de uma pessoa com deficiência, a pessoa tem que ter muita cabeça para isso, livre de preconceitos, além de ser algo de enriquecimento e conhecimento à convivência e a alma humana!

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