O CONSELHO QUE PEDRO BANDEIRA ME DEU EM 1986

 

Eu era um jovem de dezesseis anos quando, no dia 22 de novembro de 1986, lancei meu primeiro livro de poesias, “Noites Guaraçaienses”. Uma semana depois, o grande escritor Pedro Bandeira esteve em minha escola em Guaraçaí, fazendo palestras. Ele ficou bastante feliz ao ganhar meu livro. E ao me autografar vários de seus livros, em “A Marca De Uma Lágrima”, ele escreveu: “Ao Emílio, poeta maior!”

Durante um lanche no pátio, disse-lhe que queria seguir a carreira de escritor. Pedro Bandeira, carinhosamente, falou-me: “Você ainda é muito jovem. Siga firme no seu propósito que você chega lá!”

Passaram-se algumas décadas. Tenho hoje três faculdades, seis pós e dois doutorados. São mais de noventa livros publicados. Passo que quinhentos textos publicados na imprensa. Cento e quatro artigos científicos e textos escritos para teatro e cinema.

Se eu tivesse uma oportunidade de encontrá-lo novamente, daria-lhe um afetuoso abraço, dizendo-lhe: “Você tinha razão, Pedro. Obrigado mestre!

#pracegover – à direita uma foto antiga de Emílio Figueira abraçado ao Pedro Bandeira, estão em pé e sorrindo. À esquerda, meia foto atual de Bandeira de braços cruzados, camisa vinho sorrindo de cabelos e bigode grisalhos. Abaixo o título: o conselho que Pedro Bandeira me deu em 1986.


eupedrobandeira comentou: Querido Emilio, que bom ler essa sua mensagem! Não é que eu estivesse certo, você é que fez muito bem em começar pela poesia. Isso permitiu que você se abrisse para as emoções que o mundo lhe provoca e, depois, pudesse absorver tudo o que há de racional e científico na vida. Parabéns, Emílio! Obrigado pelo carinho. E bola pra frente!

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